Em todo o País a falta de estoques compromete tratamentos médicos e até o atendimento básico, pela ausência de produtos simples, como dipirona
O desabastecimento de medicamentos a afetar farmácias, hospitais e unidades públicas e privadas de saúde se deve a ausência de insumos para fazer os remédios e também as embalagens. A dor é nacional. O Conselho Municipal de Secretários de Saúde de São Paulo (Cosems/SP) até listou mais de 40 substâncias escassas. E são simples, como dipirona, cetoprofeno e até soro fisiológico.
No Ceará, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma-CE), Ubiranilson Alves, não tem como afirmar com muita certeza, mas estima que o estoque de medicamentos nas farmácias do Estado seja regularizado entre 15 e 20 dias. No estado, ele põe na lista de faltosos mais preocupantes os antibióticos. Mas a receita volta sem rasura para polivitamínicos, xaropes e antitérmicos, afora Omeprazol, Sinvastatina, Gabapentina, Escitalopram e Clonazepam.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Abiquifi), Norberto Prestes, diz que a invasão da Ucrânia e o lockdown na China pioram o quadro, porque trava a importação de insumos farmacêuticos ativos (IFAs). Mas ardem o aumento do dólar, do combustível e da energia, que elevaram o preço da matéria-prima, e também impactam no fornecimento desses remédios.
Fonte: O Povo.