Estudo com medicamento mostrou que 54% dos pacientes não apresentaram pústulas após dose única e em apenas uma semana de tratamento
Embora afete apenas nove em cada 1 milhão de brasileiros, a psoríase pustulosa generalizada (PPG) é uma doença impetuosa e considerada mais grave até do que a psoríase vulgar, também chamada de psoría vulgar, também chamada de psoríase em placa, doença autoimune caracterizada pelo aparecimento de placas avermelhadas na pele com descamação.
Ela surge de repente na forma de pequenas bolhas com pus e vermelhidão (pústulas) espalhadas por todo o corpo, não sendo possível prever quando uma crise pode acontecer nem quanto tempo ela irá durar.
Outra característica da PPG é a dificuldade para o tratamento. Até então, isso era feito, na maioria das vezes, com medicamentos adaptados da psoríase em placas – ou seja, não existia uma terapia específica para a doença.
“Nos casos de psoríase pustulosa, os tratamentos, em geral, demoram mais para atingir a melhora”, explica Paula Rahal, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Contudo, há luz no fim do túnel: a farmacêutica Boehringer Ingelheim acaba de anunciar a aprovação do espesolimabe – um novo medicamento injetável para sinais e sintomas da PPG – pela Agência Nacionalde Vigilância Sanitária (Anvisa).
O tratamento também já é aprovado nos Estados Unidos pelo órgão regulador local, a Food and Drug Administration (FDA). Os resultados do estudo de eficácia e segurança de espesolimabe foram publicados no The New England Journal of Medicine, uma das principais revistas científicas do mundo.
Nele, pacientes adultos com crise de PPG apresentaram uma melhora rápida após o uso do novo tratamento. A pesquisa avaliou a medicação durante 12 semanas em 53 voluntários que tinham comprometimentomoderado ou grave da pele e acentuado impacto na qualidade de vida.
Entre os desfechos alcançados ao final da primeira semana, está o de que 54% dos pacientes não apresentaram pústulas (bolhas de pus) visíveis após uma única dose de espesolimabe, em comparação com 6% dos pacientes que receberam placebo.
“Os pacientes sofrem estigmas sociais porque as lesões são importantes e ficam um longo tempo na pele. Se o novo medicamento trouxer realmente o que está mostrando, as respostas serão muito maisrápidas e efetivas”, diz Paula.
Além das pústulas, a PPG pode causar febre, calafrios, coceira intensa e fadiga. Se não for tratada de forma adequada, pode trazer risco de morte.
Fonte: Assessoria de Imprensa