Articulação contra o feminicídio de Julieta Hernandez, a palhaça Jujuba, culmina no Ato Cultural Brasil Contra o Feminicídio: liberdade para as Mulheres

Brasília – A ação cultural principal de articulação em combate ao feminicídio e em memória de Julieta Hernandez, a palhaça Jujuba, artista venezuelana brutalmente assassinada no Amazonas, acontece neste dia seis de junho, quinta-feira, a partir das 18h, no Bar Pardim – Asa Norte CLN 405, em Brasília, Distrito Federal.

O corpo de Julieta foi encontrado nos arredores de uma hospedagem precária no município de Presidente Figueiredo, a 126 quilômetros de Manaus, onde a cicloviajante hospedou-se. A artista foi vítima de violência sexual, roubo e agressões antes de ser assassinada.

E para além do ato, estão sendo realizados uma série de encontros potentes com instituições do poder público, como o Ministério das Mulheres, com a presença da ministra
Cida Gonçalves, com a Defensoria Pública da União e a Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados, com a presidenta dep. Daiana Santos e com a Comissão de Direitos Humanos da OAB, dentre outras De acordo com o advogado da União Brasileira de Mulheres, principal mediadora das agendas, Dr. Carlos Nicodemos, “Esse processo está sendo tratado como uma denúncia de latrocínio, que é um crime patrimonial.

Na verdade, trata-se de um caso de feminicídio. Para isso, estamos em um movimento para que haja o monitoramento dos órgãos públicos e instituições competentes, e assim o caso receba a devida atenção política e o tratamento adequado. Isso é fundamental para o enfrentamento da violência contra a mulher, contra migrantes, e outros grupos vulneráveis”, enfatizou.

A presença de Sophia Hernandez, irmã de Julieta vinda da Venezuela, torna esse ato ainda mais significativo, clamando por justiça, conscientizando sobre a violência contra as mulheres e atuando contra o feminicídio. Para Vanja Santos, presidenta da União Brasileira de Mulheres – UBM, “atuar junto com a família de Julieta para que esse crime seja qualificado como feminicídio e questionar sobre a rapidez de uma investigação que desumanizou uma pessoa, uma mulher, para ser “rápida” e “eficaz” é acreditar que a luta é
o caminho para que possamos conquistar, enquanto mulher, o direito à vida plena e livre”, concluiu.

Amazonas – A capital amazonense será o centro das atividades de conscientização e mobilização a partir do dia 10 de junho, segunda-feira, com reuniões importantes entre representantes do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), da Comissão de Direitos Humanos da OAB, e da Comissão de Direito das Mulheres da OAB. Além disso, serão realizadas oficinas de materiais gráficos e um ato de solidariedade envolvendo Movimentos
Sociais e Movimentos de Mulheres. Sophia visitará Presidente Figueiredo, município da região metropolitana local onde ocorreu o crime.

Serviço – confira a intensa agenda:
10/06/2024
➔ Manhã:
– 09:00 – Reunião no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).
– 11:00 – Reunião com a Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do
Brasil) e Comissão de Direito das Mulheres da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

➔ Tarde:
– 15:00 – Oficina de materiais gráficos para o ato de solidariedade.

11/06/2024
➔ Manhã:
– 10:00 – Ato de solidariedade dos Movimentos Sociais e Movimentos de Mulheres no
auditório da Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM).

12/06/2024
➔ Manhã:
– 08:00 – Preparação e organização para a caravana, ponto de encontro: OAB/AM.
– 09:00 – Saída da caravana para Presidente Figueiredo, local onde ocorreu o crime.
-10:00 – Chegada a Presidente Figueiredo, encontro com autoridades locais, e realização de
manifestação pacífica em memória de Julietta Hernandez e em busca de justiça.

Para informações e contato: Vanja Santos, presidenta da União Brasileira de Mulheres
(92) 981142981

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