O assunto será discutido na reunião extraordinária do Conselho Nacional de Saúde, nesta sexta-feira (14/06)
O Conselho Nacional de Saúde promove nesta sexta-feira, 14/06, a 76º Reunião Extraordinária da entidade. Entre os temas que serão discutidos nesse encontro está a urgente necessidade de implementação dos Centros de Terapia Assistida (CTA), no SUS.
Participarão dessa mesa Henrique Vogado, representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Vander Fernandes, médico reumatologista e representante da Comissão de Centro de Terapia Assistida da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) e representante da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES/MS).
Os centros de infusão – também chamados de Centros de Terapia Assistida (CTA) – desempenham um papel essencial na jornada do paciente. Com uma equipe multidisciplinar, esses centros garantem a correta preparação, aplicação, transporte e armazenamento dos medicamentos. Além disso, fornecem orientações importantes, assegurando que o paciente compreenda e execute o tratamento de forma eficaz.
“Garantir o acesso ao uso correto dos medicamentos imunobiológicos disponibilizados pelo SUS é uma demanda antiga da Sociedade Brasileira de Reumatologia. O uso racional desta tecnologia de alto custo para o sistema único é a única forma de garantir a segurança e a eficácia destes tratamentos. Desde 2011, quando a terapia assistida foi incorporada na saúde suplementar, ficou claro que a saúde pública deveria seguir o mesmo caminho”, explica Vander Fernandes, médico reumatologista e representante da SBR.
Além de garantir a infusão dos medicamentos essenciais para a vida de milhares de pacientes e um bom acompanhamento do tratamento, a implementação dos centros de infusão também permite a possibilidade de fracionar doses e, com isso, trazer a economia de milhões de reais para os cofres públicos.
O serviço de referência nacional do Centro de Dispensação de Medicações de Alto Custo (CEDMAC) estima que o custo-minimização do modelo de centros de terapia assistida dos medicamentos infusionais e subcutâneos, se implementados no SUS, podem trazer uma economia de R$ 189 milhões de reais ao ano para o Ministério da Saúde.
“Nesta reunião do CNS, na próxima sexta-feira, temos o objetivo de apresentar a realidade do uso dos medicamentos imunobiológicos no SUS e sensibilizar o controle social a nos auxiliar nesta luta tão importante para o bem cuidar dos nossos pacientes”, reforça o médico.