O primeiro encontro do ministro com o colegiado aconteceu nesta quinta (13/03), durante a 364ª Reunião Ordinária.
Padilha, que já foi ministro de Relações Institucionais no governo Lula (2009-2010) e da Saúde durante a gestão Dilma Rousseff (2011-2014), destacou como motivação ao assumir a pasta tornar o Ministério da Saúde uma barreira ao negacionismo e aos movimentos que desprezam a vida por causa de ideologias.
- O ministro também se comprometeu em retornar ao pleno do CNS para discutir a urgência em entregas efetivas, a redução do tempo de espera nas filas no acesso ao atendimento especializado, através do fortalecimento e da qualificação da Atenção Primária em Saúde (APS), e o ineditismo na medição e no registro desses resultados junto com a participação ativa dos gestores municipais.
Na ocasião, a conselheira Ana Lúcia Paduello, representante da Associação Brasileira Superando o Lúpus, Doenças Reumáticas e Raras no CNS falou pelo segmento de usuários sobre o fortalecimento do Programa Mais Especialistas para que, de fato, chegue ao território. Outro ponto que a conselheira destacou é o vazio assistencial para os Centros de Infusão do SUS.
“É preciso um olhar muito atento para o recurso do SUS que está sendo sub-utilizado por meio de pacientes que não conseguem fazer sua infusão e acaba perdendo seu medicamento e colocando sua vida em risco”, disse.
A conselheira Francisca Valda, representante da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN), segmento trabalhador(a) da saúde, destacou que a garantia da saúde como direito universal é responsabilidade do estado. “Nós, trabalhadoras e trabalhadores da Saúde, defendemos a ampliação e o fortalecimento da rede própria do SUS, da gestão tripartite com o pacto interfederativo, porque muitas questões não são resolvidas em um ou outro nível da gestão, a valorização do trabalho digno e a luta pela saúde em liberdade, contra investimentos em comunidades terapêuticas”, afirmou.
Em resposta, Padilha anunciou que esteve no Congresso Nacional, aproveitando a mobilização alusiva ao mês de março dedicado às mulheres, para garantir a votação e a aprovação de um projeto de lei que estabelece uma política nacional de cuidado e acolhimento à situação do luto parental, assim como outros que envolvem o câncer e a violência obstétrica.
“Quero dizer que vou sair daqui do Conselho e ir para uma reunião da Conitec, porque a gente está batalhando para a incorporação de produtos importantes para a saúde da mulher”, afirmou Padilha.
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no Sistema Único de Saúde é assistida pelo Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde (Dgits) e tem por objetivo assessorar o Ministério da Saúde (MS) nas atribuições relativas à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS, bem como na constituição ou alteração de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica.
Cris Cirino; Conselho Nacional de Saúde
Fonte: GOV.
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