O Conselho Nacional de Saúde (CNS) aprovou, na quinta (26/05), durante a 330ª Reunião Ordinária, que pessoas com deficiência e seus assistentes pessoais devem ter acesso à segunda dose de reforço da vacina contra a Covid-19 de forma prioritária. Além do acesso, conselheiros e conselheiras nacionais de saúde recomendaram que pessoas imunossuprimidas não elegíveis para a imunização contra a Covid-19 tenham acesso a medicamentos, que se encontram aprovados no país, de proteção contra a forma grave da doença.
De acordo com a Recomendação nº 011, o Ministério da Saúde também deve garantir o direito ao acesso a informações de prevenção e proteção à Covid-19 e promover campanhas garantindo a acessibilidade através de recursos como audiodescrição, libras, legendas, documentos em meios e formatos acessíveis e linguagem simples.
Segundo o Censo de 2010, 45,6 milhões de pessoas declararam ter ao menos um tipo de deficiência. Mesmo com esse número expressivo, ainda são poucos os dados sobre a infecção por Covid-19 em pessoas com deficiência, o que pode impactar em sua recuperação.
Dados de um estudo da Fiocruz Minas, que acompanhou por 14 meses, 646 pacientes que foram infectados pela Covid-19, onde 50,2% dessas pessoas tiveram sintomas pós-infecção, 33,1%, tiveram sintomas duradouros reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como Covid longa e 75% daqueles que tiveram a forma moderada da doença convivem com sequelas.
Em 2020, o CNS recomendou ao Ministério da Saúde a adoção de medidas que visam a garantia de direitos e da proteção social das pessoas com deficiência e de seus familiares, reafirmando que pessoas com deficiência podem ter maior risco de contrair a Covid-19 em razão de obstáculos à implementação de medidas básicas de contenção da doença e pedindo ampliação do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 para toda a população brasileira.
Recomendação nº 011, de 26 de maio de 2022
Transmissão 330ª Reunião Ordinária
Fonte: Ascom CNS | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília