Pacientes de Hidradenite Supurativa têm nova opção de tratamento com a incorporação de Humira (adalimumabe) pelo SUS

O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde e Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, aprovou o primeiro Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Hidradenite Supurativa (HS), que inclui o anti-TNF HUMIRA®, anticorpo monoclonal totalmente humano da AbbVie, como uma das opções terapêuticas.

 A HS é uma doença inflamatória crônica sistêmica e recorrente dos folículos pilosos, que se manifesta na pele por meio de abcessos e nódulos dolorosos em regiões de dobras (axilas, virilhas, nádegas e sob os seios), podendo levar à formação de cicatrizes incapacitantes.

A AbbVie, companhia biofarmacêutica global baseada em pesquisas e desenvolvimento, anuncia que o medicamento biológico HUMIRA (adalimumabe), um anticorpo monoclonal totalmente humano, foi incluído no Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas para hidradenite supurativa, conforme publicação no Diário Oficial da União (DOU), em 16 de setembro de 2019, edição 179, seção 1, página 95.

Este é o primeiro PCDT para hidradenite supurativa e inclui o biológico HUMIRA, “para pacientes adultos com HS ativa, que falharam à terapia com antibióticos sistêmicos, ou que apresentaram intolerância ou contraindicação aos antibióticos sistêmicos”.1 O acesso ao medicamento requer prescrição médica após avaliação de um especialista. A íntegra do PCDT está disponível no site do Ministério da Saúde, em https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/setembro/18/Portaria-Conjunta-PCDT-Hidradernite-Supurativa.SET2019.pdf

Portaria-Conjunta-PCDT-Hidradernite-Supurativa.SET2019

Mais sobre Hidradenite Supurativa

A HS se manifesta geralmente após a puberdade, durante a segunda ou terceira décadas de vida dos pacientes. Apresenta-se com maior frequência em mulheres (3:1), acometendo principalmente as regiões axilar, da virilha, intermamária e infra-mamária, com atenuação da atividade da doença com o início da menopausa. Nos homens, afeta com maior frequência as regiões glútea e perianal, nuca e retroauricular, com maior atividade da doença até a quinta década de vida. A recorrência das inflamações pode acarretar em cicatrizes graves e consequente limitação ou incapacidade de movimento no local, gerando grande impacto na qualidade de vida dos pacientes. Pela aparência das lesões e odor, a HS pode impactar diretamente a vida social dos pacientes, além de poder associar-se a comorbidades ou complicações graves como fístulas na uretra, bexiga ou intestino reto, pioderma, artrite, infecções como erisipelas, abscesso epidural, osteomielite sacral, obstrução linfática, linfedema, anemia, hipoproteinemia, amiloidoses, carcinoma celular escamoso, depressão e suicídio.1

Sobre HUMIRA (adalimumabe)

Adalimumabe é um anticorpo monoclonal totalmente humano desenvolvido e comercializado pela AbbVie.  Assemelha-se aos anticorpos normalmente encontrados no organismo  e age bloqueando o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), uma proteína inflamatória que, quando produzida em excesso, desempenha papel-chave nas respostas inflamatórias de algumas doenças crônicas imunomediadas, como a artrite reumatoide, psoríase, doença de Crohn,  hidradenite supurativa, entre outras2.  Desde seu lançamento, tem tratado mais de um milhão e 200 mil de pacientes3 em mais de 90 países e sua eficácia e segurança a longo prazo são demonstradas por mais de 100 estudos clínicos em todo o mundo3.

Referências

1.Em https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/setembro/18/Portaria-Conjunta-PCDT-Hidradernite-Supurativa.SET2019.pdf

2. Bula de HUMIRA

3. Informações em arquivo AbbVie. Pacientes tratados com HUMIRA atualmente em todo o mundo. Junho de 2018.

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