Parceria entre SP e Reino Unido estimula pesquisa científica no Estado

O Governo do Estado lançou um desafio para organizações com experiência na fabricação de produtos ou prestação de serviços de diagnósticos de doenças infecciosas: participar do desenvolvimento de um novo teste molecular de diagnóstico da tuberculose, fabricado no Brasil, com a participação do Instituto Adolfo Lutz.

A tarefa proposta pelo Governo do Estado e anunciada nesta segunda-feira (20) no Palácio dos Bandeirantes, para uma platéia composta por representantes de institutos de pesquisas, faz parte do projeto SP-UK “São Paulo – Open Innovation in Health” (São Paulo-Reino Unido – Inovação Aberta em Saúde), desenvolvido em conjunto pelo Governo do Estado com a Embaixada do Reino Unido.

O projeto, inédito no país, disponibiliza recursos financeiros de 308,071 mil libras esterlinas aproximadamente R$ 1,8 milhão, com contrapartida de R$ 900 mil por parte do Governo do Estado, para estimular a pesquisa científica em torno de produtos e serviços em benefício da saúde pública.

Para Ary Plonsky, presidente da Fundação Paulo Vanzolini, a participação do Estado no estímulo à pesquisa científica é fundamental. “O fato é que estamos tratando de saúde pública, então, a Secretaria de Estado da Saúde e seus institutos de pesquisa são essenciais para prover os serviços e desenvolver novas soluções”, explicou Plonsky.

Ele também falou sobre o acordo de cooperação entre o Governo do Estado e o governo inglês. “A sigla do acordo entre os dois governos é SP-UK, SP de São Paulo e UK de Reino Unido. (Hoje) demos um passo adicional em direção a esta parceria que já existe. Ainda há um engajamento enorme na execução do projeto. Todos estão envolvidos”, completou.

Como participar
As organizações interessadas em participar vão contar com o apoio do Instituto Adolfo Lutz, referência no Estado no diagnóstico da tuberculose, que vai disponibilizar laboratórios e a experiência dos profissionais do Núcleo de Tuberculose e Micobacteriose (NTM).

As inscrições devem ser feitas mediante preenchimento de proposta de pesquisa, em inglês e português, por meio de um formulário que se encontra disponível no site do instituto Adolfo Lutz (http://www.nit.ial.sp.gov.br/).

O produto a ser desenvolvido deve ser capaz de identificar em uma única etapa o diagnóstico da tuberculose e o padrão de resistência dos antibióticos ao diagnóstico do bacilo detectado. A fabricação do teste de diagnóstico deve ser feita no Brasil, com o acompanhamento de todas as etapas de desenvolvimento pelo Instituto Adolfo Lutz, incluindo as medidas de aprovação e incorporação do produto junto aos órgãos reguladores.

O secretário de Estado da Saúde, David Uip, falou da importância do projeto para o estímulo ao desenvolvimento do produto no Brasil: “O teste disponível no mercado é importado. Com a fabricação no país, estimulada por esse projeto, será possível garantir maior agilidade no diagnóstico e, consequentemente, brevidade no início do tratamento”.

Cada organização ou grupo de empresas e institutos deve apresentar apenas uma única proposta. As etapas do projeto prevem o desenvolvimento de um protótipo que, se atender aos critérios exigidos, será submetido à aprovação das autoridades competentes. As propostas serão analisadas por uma comissão técnica do Instituto Adolfo Lutz.

Fonte: Governo de São Paulo

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