Os medicamentos biossimilares, feitos com materiais biológicos e mais complexos do que os remédios sintéticos prometem revolucionar a indústria farmacêutica brasileira – trazendo uma nova perspectiva para o tratamento de diversas doenças. No entanto, sua cultura de produção no Brasil ainda é algo muito recente. Faz apenas 1 ano que o primeiro biossimilar nacional foi aprovado no País. Além disso, o alto custo de produção que envolve este tipo de tecnologia, as dificuldades em aprovação (que exige rigorosos testes e avaliações) e o tempo que se leva para conseguir colocar o medicamento em circulação no mercado, também têm gerado certa resistência na indústria brasileira. Mas mesmo assim, muitas empresas do ramo seguem investindo nesta área.
Associada a novas tecnologias como os biorreatores de single-use, por exemplo, a indústria farmacêutica do Brasil pode estar prestes a dar um novo salto, já que com esse tipo de reator, o retorno que os investidores costumavam levar quase meia década para se obter, pode estar mais próximo do que se imagina. “Para você introduzir um biossimilar no mercado, o tempo gasto é muito longo. Leva-se aproximadamente cinco anos para colocar o medicamento em circulação. Isso ocorre porque tem-se todo um tempo de desenho e construção de planta, mão de obra especializada, aprovação, entre outros. Mas, quando você começa a trabalhar com sistema single-use, o desenho e o tamanho da planta são reduzidos em torno de 30% a 40%. O que faz com que o tempo necessário para chegar ao mercado seja mais curto. Ou seja, é uma tecnologia que traz flexibilidade, agilidade e economia”, explica o Gerente de Desenvolvimento de Bioprodução da Thermo Fisher Scientific no Brasil, Marcos Calgaro.
Esse tipo de resultado pode mudar os rumos da indústria farmacêutica, uma vez que permite maior e mais rápida produção, criando um novo ciclo, já que, com isso, cada vez mais pessoas poderão ter acesso ao tratamento por biossimilares – o que hoje ainda é algo de alto custo.
Para agilizar ainda mais criação de biossimilares, também é possível contar com soluções integradas que acompanham a produção do início ao fim. “Nós oferecemos uma solução integrada pela qual fazemos uma parceria com uma empresa de engenharia e juntos entregamos ao cliente uma proposta de como vai ser o desenho da planta para a produção do biossimilar, qual será o fluxo de processo e os sistemas que irão dentro desse processo. Fazemos o startup da planta, até colocar tudo em funcionamento”, explica Marcos Calgaro.
Fórum
Para apresentar os principais conceitos, tecnologias e novidades em bioprodução, a Thermo Fisher Scientific irá realizar, de 29 a 30 de novembro, o 1° Bioproduction Partnership Forum Brazil, em São Paulo. O evento, voltado a profissionais da indústria farmacêutica, traz uma discussão sobre temas como tecnologia de fermentação em biorreatores single-use, processo de desenvolvimento de vacinas, benefícios da cromatografia bioprocessada, métodos moleculares para controle de qualidade na produção farmacêutica, entre outros.
Serviço
1st Bioproduction Partnership Forum Brazil
São Paulo Center
Av. Lineu de Paula Machado, 1088, Jardim Everest.
São Paulo – SP
Fonte: Noticias Terra